Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Uma das eliminadas do episodio de terça, Carla, foi apontada pela equipe Maxxi como a mais fraca das participantes. Na sua defesa, entretanto, argumentou que foi líder na semana anterior (desta vez pela Best) e não teve problemas conduzindo sua equipe. Os questionamentos que fazemos são: no que a habilidade de coordenar uma equipe se relaciona com a facilidade de ser coordenada? Até que ponto um ego de líder atrapalha o profissional?

Muito provavelmente, Carla pertence a uma espécie de profissionais muito comum nos mercados por aí. Sabe exatamente como se portar para ser obedecida: consegue erguer a voz, firmar o pulso, bater o pé. Mas, visivelmente, tem dificuldades em escutar opiniões, seguir direcionamentos e acatar ordens. Típico para líderes maxiegos, mas completamente inadequado para uma candidata a vaga de estágio – cargo de índio, liderado por vários e vários caciques. Aqueles que foram comovidos pelas lágrimas da garota, ou até observaram suas boas características no 1º Episódio do Aprendiz, tendem a discordar dessa opinião. Mas, francamente, uma candidata que afirma que entrou no programa para ter o reconhecimento que merece, precisa, antes de arrumar um estágio, procurar uma boa analista. Sugerir que foi vítima de complô não resolve seu problema.

Da mesma maneira, a demissão serviu pra colocar o ego da outra eliminada no devido lugar. As caras e bocas de Raissa, como já mencionei, traziam um toque de arrogância. A vontade de mandar é tanta, que, na sala de reunião, ela arriscou refutar sua superior direta (a líder do programa) e até o Justus poderoso chefão. Onde está a humildade desses candidatos? Aparentemente, o fato de terem superado os mais de 100 mil inscritos representa um equívoco para os candidatos: em detrimento de ser compreendido como um excelente partida, é assimilado como a vitória na linha de chegada. De metidas, o mercado está saturado.

Fotos: Site Rede Record